quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Clown fala para a Terrorizer sobre a edição de 10º aniversário de Iowa e Paul Gray

Veja e entrevista completa e traduzida abaixo:
Terrorizer Magazine:Pode nos dizer quais eram algumas das maiores influências externas,que entrou no processo de escrita de “Iowa”?
Shawn:Basicamente estar na estrada por um longo,longo tempo do primeiro disco (do self-titled-1999),sem saber se alguma vez iríamos parar,tendo todo esse conhecimento e não ganhar um dólar de merda todo esse tempo,as drogas,o álcool,o isolamento e a tristeza de estar sozinho para alguns.Estas são só algumas das coisas que influenciaram no “Iowa”.E para que não se esqueça de como o mundo estava naquela época,o mundo era um lugar muito aterrorizante,coisas que ocorreram em 2001,que marcaram o mundo pra sempre.

Terrorizer Magazine:Houve alguma diversão na produção do “Iowa”?
Shawn:Nenhuma,Zero.

Terrorizer Magazine:Como  descreveria a si mesmo durante o processo de criação do “Iowa”?
Shawn:Eu era uma pessoa bastante auto-destrutiva,inclusive no primeiro disco cortei o que poderia ser uma loucura total por vontade própria.Com “Iowa” deu a volta de todas as coisas que interferiram-o negócio,as drogas,as mulheres,o dinheiro,a fama,toda a merda que entrou em jogo-na realidade me levaram a um outro nível de obscuridade.
Eu sou filho único,mas quando me separo de todo a gente eu faço melhor que nada,não há nenhuma busca por mim.Não se encontra só as crianças que crescem aprendendo a se foder sozinhas e esconder a perfeição,como não atender o telefone,como nos assegurarmos que estamos em um lugar que ninguém pode nos encontrar-isso é mais ou menos como eu vivia.

Terrorizer Magazine:Olhando pra trás,uma década depois,valeu a pena?
Shawn:Cem por cento.Faria tudo de novo.Não mudaria nada.Não queria fazer tudo de novo.

Terrorizer Magazine:Você tem isso em você para fazer outro “Iowa”?
Shawn:Nunca vamos fazer outro Iowa.Sempre podemos fazer um disco pesado,sempre podemos fazer um disco obscuro.Não gosto de pensar que faria um outro desse disco porque não haveria progresso,e a razão pela qual um disco não foi escrito é porque temos estado nessas circunstâncias.
Eu diria que,contudo,um monte de onde nos encontramos hoje em dia é o que conduz esse tipo de sentimento e obviamente,com nosso irmão (Paul Gray) que se foi,ajuda a nossos cérebros.E isso às vezes nos fazem pensar coisas obscuras.

Terrorizer Magazine:Como está seus estado de espírito nesse momento?
Shawn:Meu estado de espírito?Vou ser honesto,nunca estive tão ruim como estou agora.Há um monte de razões para isso,minha esposa luta contra uma doença (doença de Crohn),me sinto mal por ela,me destrói.Meus filhos estão mais velhos e estão passando por uma merda que a vida os deu a essa idade e eu nunca vi isso acontecer e para ser honesto,perder meu irmão.E simplesmente não vou deixar isso de lado.
Paul Gray é a razão número um por eu ser o artista que sou,porque acreditava em mim.Me encantava sua habilidade para escrever canções e as canções que ele escreveu me fizeram sentir e juntos seguraram uns aos outros para ser os melhores para virar realidade e agora que se foi e isso de escrever canções também se foi.Não importa se as pessoas querem escutar isso,ou não,é a verdade.

Terrorizer Magazine:O que significa Paul para você?
Shawn:Paul era um puta gênio musical.No estúdio eu me sentia frustrado,com ele levava muito tempo,mas agora entendo,ele buscava a nota que se fez [uma canção] na orla;podia ser só uma nota de merda.
Era um gênio,ele era o verdadeiro negócio das ruas de Los Angeles,”hard-asses life”.Eu e ele éramos exatamente a mesma pessoa dos diferentes lados das faixas:Eu era filho único mimado,fui a uma escola particular e tinha uma vida muito dura.Quando nos conhecemos era a mesma pessoa de mentalidade,que era precisamente o mesmo.Eu sou o que sou graças a sua fé em mim e é muito difícil querer  fazê-lo sem ele.

Terrorizer Magazine:Como acha que Paul se veria novamente em “Iowa”?
Shawn:Esse álbum é seu,sua maior realização,que é seu túmulo,seu bebê,que é sua dor.Ele conseguiu a paz,ele obteve isso.Ele não o fez sozinho,não estou desmerecendo os demais,mas [em “Iowa”] Paul fucking Gray é a forma como é.Não deixe que nada te diga qualquer merda diferente.

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